Dando pitacos!

Porque todo mundo tem algo a dizer sobre tudo. Só não somos convidados sempre...
E a estrela Intrometida existe mesmo!

terça-feira, 27 de julho de 2010

Conta um livro em um filme, por favor?

Um dos meus projetos para essas férias (ou para qualquer feriado longo) era assistir a versão estendida dos filmes da trilogia "O Senhor dos Anéis". Ao todo, são quase 2 horas a mais diluída nos três filmes, dando dois dvds pra cada título - isso fora os extras, com mais 2 discos cada. Como todos sabem, era muito difícil pegar um livro enorme e cheio de detalhes, como o "Senhor dos Anéis", e transformar em um filme. É claro que existem buracos. Penso então em outros livros, mais simples, que não conseguiram ficar legais na telona graças à incompetência do roteirista, ou porque não era a hora pra gravar mesmo. Às vezes, não dá nem vontade de ler o livro depois da lambança feita...

Enfim, vem uma lista enorme na minha cabeça... mas, sem a intenção de fazer um ranking, o legal é perceber que existem adaptações que NÃO poderiam ser feitas naquele momento. E também precisamos entender que nada supera o exercício da imaginação. Só porque o livro tem uma "cara" (no caso, o filme), isso não significa que você não precisa mais ler só porque a história já foi contada. Então, não podemos esquecer de algumas adaptações que estimularam a leitura do original, o que é uma boa!

Essa "união de títulos", sem nenhum critério, que eu tô fazendo agora é uma experiência baseada no meu gosto pelos livros ou filmes. Não estou pretendendo em hipótese alguma servir de parâmetro pra alguma coisa. Só quero dividir minhas impressões com quem acompanha o Pitacos! :)

Enfim, vamos lá.

"A insustentável leveza do ser" (1988): baseado no livro de mesmo nome de Milan Kundera. Li o livro aos 20 anos, e descobri o filme tempos depois na faculdade (uma professora de Serviço Social resolveu realizar uma sessão aberta e eu fui lá de intrometida). Bom... eu saí no meio do filme, de tão ruim que ele é. Anos depois, descobri que o prórpio Kundera nunca mais deixou que fizessem adaptações cinematográficas dos seus livros. Você quer saber a razão? 

"O Diário de Bridget Jones" e "Bridget Jones no Limite da Razão" (2001 e 2004): li os livros na escola em dois dias, de tão fáceis que são. O primeiro filme é bem fiel ao livro - embora eu odeie a Bridget caricata de origem não britânica... Agora, o segundo... Putz! Eu não suporto! Acho uma viagem sem tamanho! Enfim, a única coisa "legal" desses dois filmes é a presença de Colin Firth: como ele fez o senhor Darcy em "Orgulho e preconceito" - a série, ele foi escalado para ser o Mark Darcy dos dois filmes. Agora, quem leu o livro sabe que, lá pelas tantas, Bridget entrevista... Colin Firth, o ator! Evidente que a tal entrevista não rolou no filme (tá no 2º livro da série), mas, de brincadeira, fizeram a tal entrevista para colocar nos extras do 2º filme.

"Orgulho e Preconceito" (2005): vamos combinar o seguinte... Ler Jane Austen é um pouco sacal... Gosto de suas histórias, mas eu demoro 10000 de anos pra ler todo aquele "ritual" pra um cara pegar na mão da moça. E geralmente fico revoltada por ter perdido tanto tempo nisso. Mas não posso reclamar do filme: não tem um beijo na boca. Aí você pensa: "Mas no livro também não..." Ah, meus caros, o cinema tem o hábito de violar culturas em nome da "licença poética"... 

"Quincas Berro d´Água" (2010): baseado em "A Morte e a Morte de Quincas Berro d´Água" de Jorge Amado, o filme (que ainda tá em cartaz) é divertido e fiel ao espírito do escritor baiano, até porque, Jorge Amado viveu "até outro dia mesmo", então não tem como violar tanto... E a galera da Globo (sempre a "panela" global...) volta e meia tá adaptando alguma coisa dele pra tv. Mas, se demorassem mais um pouco... Ah, li o livro na escola também. Mas esse era para a aula de literatura.

"Ensaio sobre a Cegueira" (2008): Ele pode até ser considerado gênio, mas graças à esse filme, Saramago ficou "legível" pra mim. Li (não terminei) de bobeira, aproveitando a oportunidade de ver o filme.

"O Guarani" (1996): Não terminei o livro. Não terminei o filme. Preciso dizer mais?

"Lolita" (1997): Quem não leu esse livro levanta a mão! rs... Nada de grave, todo mundo imaginava algo parecido com aquilo mesmo. xD

"A Cartomante" (2004): baseado no conto de Machado de Assis do mesmo nome. Lembro que li o livreto de contos e esse foi o que eu mais gostei. Mas, sei lá, quando eu vi o filme achei que tinham enrolado muito, o ritmo é bem arrastado. E tirar a história de seu contexto temporal também foi uma bola fora, na minha opinião. Tem coisas que você não pode modificar muito, porque aí perde a essência. Não faz muito sentido, no Rio de Janeiro contemporâneo, alguém procurar e seguir conselhos de uma cartomante, certo? Eu colocaria uma mãe-de-santo, no mínimo... Mas aí, o filme não se chamaria "A cartomante"... rs...

"Os Inocentes" (1961): baseado no conto "A volta do Parafuso". É caso de "vi-o-filme-e-corri-atrás-pra-ler-o-livro". Ainda não terminei o conto por pura falta de tempo, mas por enquanto ele tá muito bom! Falo mais sobre essa adaptação aqui.

Amigos, são muitos os filmes... O cinema ocidental atual se alimenta basicamente de livros, porque não há ideias originais. Acho que é mais fácil eu me lembrar de filmes e a partir daí ler os livros... E aí? Alguma adaptação em especial?



3 comentários:

  1. OLÁ DEBORA,

    ESTÁ NO CAMINHO CERTO.

    BELAS OPÇÕES.

    NA OPORTUNIDADE CONVIDO PARA QUE VENHA CONHECER O BLOG ”HUMOR EM TEXTO”.

    CONHEÇA AS RAZÕES DE TANTA SUPERFICIALIDADE, NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA, NA CRÔNICA DESTA SEMANA.

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    UM ABRAÇÃO CARIOCA.

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  2. Bom, não gosto de ver os filmes sem ter lido o livro porque gosto de torcer meu nariz enquanto vejo na telona.^^

    Mas acho as transposições de Jane Austen para o cinema incríveis. Razão e Sensibilidade, Emma, Orgulho e Preconceito são livros e filmes incríveis.

    Hmm... falando em JA, estou lendo "Orgulho preconceito e zumbis"! hahahahaha! Digno de uma mostra canibal! Suprassumo do nonsense.

    Recomendo.

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  3. Cara, já ouvi falar do "Orgulho, preconceito e zumbis". Pelo menos aparentemente o universo de JA fica mais agitado. hahahahahaha!

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